Tribunal eleitoral do Brasil nega acordo com militares para contagem paralela de votos

Atualmente, Bolsonaro fica atrás nas pesquisas de opinião para seu rival de esquerda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) veio após o jornal Folha de S.Paulo informar que técnicos militares organizaram visitas a 385 locais de votação em todo o país e tiraram fotos da leitura final das urnas, que seriam enviadas a um unidade de guerra cibernética em Brasília para verificar os resultados em tempo real.


 Brasil's election court denies deal with military for parallel vote count

A principal autoridade eleitoral do Brasil disse na segunda-feira que não fez nenhum acordo com os militares para realizar uma contagem paralela de votos para a eleição de outubro, em meio a tensões sobre o presidente Jair Bolsonaro's questionamento da credibilidade do sistema. O presidente, um ex-capitão do Exército de extrema-direita, fez acusações infundadas de fraude eleitoral e pressionou as Forças Armadas a realizar sua própria contagem de votos, como parte de uma campanha que os críticos alertam que está preparando-o para se recusar a admitir a derrota. Bolsonaro atualmente perde nas pesquisas de opinião para seu rival de esquerda, o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva.

A declaração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) veio após o jornal Folha de S.Paulo informar que técnicos militares organizaram visitas a 385 locais de votação em todo o país e tiraram fotos da leitura final das urnas, que seriam enviadas a um unidade de guerra cibernética em Brasília para verificar os resultados em tempo real. O plano, informou a Folha, citando militares não identificados, 'garantiria com 95% de confiança' o resultado final da votação. O jornal disse que Suprema Corte Justiça Alexandre de Moraes , atual chefe do TSE, chegou a um acordo com as Forças Armadas em 31 de agosto, permitindo o acesso dos técnicos militares aos resultados.

do Brasil Ministério da Defesa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Em seu comunicado de segunda-feira, o TSE disse que 'não houve mudança no que foi definido no primeiro semestre, nem acordo com o Forças Armadas ou entidades fiscalizadoras para permitir o acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do processo eleitoral.'

Acrescentou que, como em muitas eleições anteriores, qualquer pessoa pode ir às urnas e acessar as leituras finais disponíveis gratuitamente para fazer sua própria contagem. A declaração do TSE sugere que os militares podem simplesmente estar se valendo dos direitos pré-existentes de qualquer Brasileiro cidadão ou instituição para verificar os resultados eleitorais.